domingo, 17 de maio de 2009

WEB 1.0 VS WEB 2.0

É pela oportunidade de realizar a terceira edição do curso de Jornalismo 2.0, do Knight Center for Journalism in the Americas, que me insiro nesse crescente grupo dos criadores de Blogs, ou diários virtuais compartilhados via Internet. O objetivo do curso é tratar das diferentes formas de os jornalistas utilizarem a chamada Web 2.0.

Uma questão central é conhecer os recursos de um novo modelo de Internet, que nasce com a participação dos usuários. Este Blog servirá de tubo de ensaios para abordar os tópicos do curso. Além de ser uma forma prática de experimentar o aprendizado, também abrirá um espaço privilegiado para a discussão dos diversos temas em pauta na relação que os jornalistas estabelecem com as novas tecnologias. É uma adaptação que aprimorará as técnicas de apuração e pesquisas na rede, assim como a divulgação da produção jornalística escrita e multimídia.

É justamente esse o início dessa análise: a própria conceituação do que vem a ser a Web 2.0. Os computadores surgiram como a base digital para armazenar e manipular informações em diversos formatos, incluindo arquivos escritos, imagens e sons. Na evolução da plataforma digital, o surgimento da Internet comercial para a transmissão desses arquivos entre usuários mundo afora foi um marco na história da comunicação.

A Internet é o conjunto de computadores conectados por meio de servidores, enquanto a Web (sigla para World Wide Web) é parte da Internet que utiliza uma linguagem comum, o Protocolo da Internet. Na Web, cada sítio, ou site, ou ainda página na Web, pode ser acessado com um navegador, ou browser. Essa é a primeira versão da Web, que representa a mesma base tecnológica da web 2.0, enquanto o que as distingue é a forma como o conteúdo é gerado.

A Web 2.0 é a atual etapa da Internet, caracterizada pelos usuários assumirem um papel central na rede mundial de computadores, em contraponto ao que era anteriormente o principal tema em torno do novo meio, que é o comércio eletrônico – mesmo que ainda em pleno crescimento. Embora a virada do século, quando se amenizou a especulação em torno das empresas da Web, tenha sido um marco para demarcar o final da Web 1.0, o termo foi cunhado apenas em 2004.

Agora, o fator mais significativo para determinar os sites na etapa da Web 2.0 é o uso dos conteúdos fornecidos pelos usuários para produzir novas informações e novos serviços: é o caso da enciclopédia virtual Wikipédia, produzida por colaboradores voluntários; da página do YouTube, onde qualquer um pode publicar vídeos amadores. E Também os sites de relacionamento, como o Orkut, mais popular do gênero no Brasil, o MySpace (site mais popular da internet entre 2006 e 2007, o FaceBook e o Flickr.

As páginas baseadas na colaboração e participação dos usuários tornam-se a cada dia mais populares, e arrebanham um público crescente. Mesmo o Google é um exemplo desta filosofia participativa, pois realiza buscas usando informações de todos os usuários, e criou, entre outros serviços colaborativos, o AdSense, um sistema de publicidade online baseado nas informações recolhidas no mecanismo de buscas e no correio eletrônico gratuito Gmail. É esta abertura das empresas a participação do público na criação e manutenção de conteúdos online que chamamos de Web 2.0. E de que forma jornais e jornalistas se adaptam a essa nova etapa, será a o tema desse Blog.

Os primeiros impactos nesta transformação nos modos de fazer notícia já podem ser constatados nos jornais online que usam opiniões dos usuários. Sejam para determinar quais são as pautas mais relevantes, as notícias mais pesquisadas, criar listas de matérias jornalísticas mais confiáveis ou incorporar sugestões de leitores aos textos publicados.

Nesta nova cultura cibernética, surgem novos conceitos, como as Tags, ou etiquetas, uma classificação do material produzido por internautas, feita por eles mesmos, ao escolherem os nomes e categorias onde seus trabalhos serão indexados. Este novo sistema de arquivos é chamado de folksonomia, em oposição à taxionomia, a indexação por critérios científicos. E este conceito já gera especulação sobre uma Web 3.0, mas esse é o tema para outra ocasião, assim como o aumento da mobilidade da Internet. Sobre estas novas ferramentas a disposição do jornalismo, falaremos em breve. Até lá.

Um comentário:

  1. Oi Bruno,
    O teu post está correto. Texto claro e conciso. Notei que estão faltando alguns exercícios. Se voc^eestiver com alguma dificuldade, por favor, entre em contato com a gente para que possamos examinar qual a melhor forma de solucionar-los
    Um abraço
    Carlos Castilho

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